Capítulo 7 Curiosidades
7.1 Introdução
Para quem não conhece o regionalismo nordestino, aqui um convite a poesia Reverso. Já para entender, o Gambiarreiro9 Ciriégola, um representante nordestino, que dentro de suas limitações, consegue ser feliz. E neste sentido, um convite a poesia Meus Brinquedos de Infância. Para as decepções festivas, onde por trás vive o capitalismo, a sugestão é a poesia Papai Noel. Desfrute pelas outras poesias desse Capítulo que muitas mais curiosidades serão encontradas. Boa leitura!
7.2 Poesias, prosas e textos
7.2.1 Reverso
A franga pondo é galinha Faca pequena é quicé Cabelo de cu é pentelho Fumo rapado é rapé Gancho de pau é forquilha Cheiro nos pés é chulé Coceira no saco é chanha Chapéu sem aba é boné Catemba de coco é quenga Moça de transa é mulher Coro de pica é fimose Chefe de índio é pajé Carne batida é paçoca Arapuca de pedra é mondé A frente da casa é terreiro Cuia redonda é cuité Bosta de rico é cocô Alô de baiano é axé Coro de porco é tocinho Pé de montanha é sopé Galo sem ovo é capão Galinha de angola é guiné Menstruação é paquete Jogador rei é pelé Frango sem rabo é suru Viva ao toreiro é olé Casa de pobre é choupana Carne primeira é filé Chapéu de otário é marreta Monoel lá no norte é mané Nariz escorrendo é gripe Santo discrente é tomé Piada matreira é pulha Chá de turco é café
7.2.2 Papai Noel
Contaram-me uma história De um velhinho bom e fiel Que conduzia o saco nas costas Chamado Papai Noel Em todo ano corrente Ele trás muito presente Pra rico, preto, pobre e bacharel Ele trás muitos presentes Carrinho, bola e corneta Trás roupas, bicicletas e chapéus, Sapatos e revolver de espoleta Dizem que tem amor profundo E que ele ama todo mundo Gente branca, gente pobre, gente preta Lembro-me do ano passado Eu rezei de coração Pedi ao Papai Noel Que me desse um presentão Dormi encostado na parede Acordei e lá debaixo da minha rede Não tinha nadinha no chão Corri e perguntei para meu pai O que tinha acontecido Se Papai Noel me negou O presente prometido Papai com os seus olhos molhados Disse: meu garotinho danado Os velhos são assim mesmo esquecidos Diziam que é só colocar Uma velha meia na janela Que ele vem de madrugada Colocar o presente nela Tornaram a me dizer Que ele não pode esquecer De casa grande ou favela Quando se aproxima dezembro A gente fica pensando O que é que vou ganhar? Vai logo se preparando E quando é bem cedinho Os olhos vão se abrindo Ta lá o presente esperando Novamente coloquei Minha meia no fuxico Fiquei numa ânsia desgraçada Como normalmente fico Perdi de novo a aposta Eu acho que o povo que Ele gosta É do meu vizinho rico Nem por isso deixei de sonhar Nem de fazer serenata Nem de brincar no quintal Tomar banho de cascata Fazer sempre arapuca Uma viola de cumbuca E fazer carro de lata Na verdade eu cresci Nunca vi esse peregrino A não ser naquelas lojas De brinquedos pra menino É profissão de aposentado Pra ganhar algum trocado Achando graça e tocando sino Hoje eu te perdôo Papai Noel Por me fazer de otário Por desprezar o meu sonho Por você ser perdulário Hoje meu filho é um artista O Papai Noel é Léo Batista E seu presente é meu salário
7.2.3 O Canto E A Emoção
Cante a emoção Cantiga de sina Cantiga de moda Cantiga de roda Cantiga menina Cantiga ou moda? Moda ou cantiga? Tudo enfim é canção Cante a emoção Cantiga de vida Cantiga de morte Cantiga de sorte Cantiga sentida Em prosa ou em verso Ou verso sem prosa Tudo enfim é canção Cante a emoção Cantiga do mar Cantiga da terra Cantiga da serra Cantiga ao luar Cantiga da rosa ou da flor? Cante a flor e a rosa Tudo enfim é canção Cante a emoção Cantiga de amor Cantiga de lixo Cantiga do luxo Cantiga de dor Cante o choro no riso Cante o riso no choro Tudo enfim é canção Cante a emoção Cantiga da alma Cantiga do povo Cantiga do novo Cantiga da calma Cantiga da partida ou da chegada? Cantiga da chegada e da partida Porque tudo nesta vida É cantiga e emoção!
7.2.4 Meus Brinquedos De Infância
Ah, minha infância, bela e calma A alma guarda todos os meus tesouros Que posso me lembrar com nitidez Os grandes ossos de boi era minha boiada predileta A seleta frota de automóveis era feita de latinhas de sardinha E continha no meu bolso muito dinheiro de carteira de cigarros No barro marcava-se uma grande roda para a finca O prêmio para o vencedor era muito apreciado: Uma bolacha comum e um pedaço de rapadura preta Naquela época não lembro ter conhecido garotos diabéticos Ah, minha infância, bela e calma! A alma guarda todos os meus tesouros Que posso me lembrar com nitidez Na minha época o bodoque era arma dos mais astutos Hoje os meninos preferem réplicas de armas sofisticadas O estilingue também fazia a festa no abate de pequenos columbídeos A flauta de talo de mamoeiro era a orquestra das horas vagas Aos sábados íamos à feira comprar metros e metros de ponteiras Para rodar um pião feito de cumaru e outro de goiabeira A baladeira também fazia a festa no abate de pequenos columbídeos Com qualquer pedaço de umburana se fazia um currupio Nas épocas de férias era a vez de empinar as pipas de lindas cores Tudo era bem preparado com papel de seda e cola de goma Ah, minha infância, bela e calma! A alma guarda todos os meus tesouros Que posso me lembrar com nitidez No inverno também era o momento das gaiolas Gaiolas de todos os gostos feitas com talos da carnaubeira Outrossim, fazíamos as arapucas para pegar cancão, sabiá e outros Fojos para os preás e mocós, mondés para os gatos e teiús Com um pedaço de cabaça fazia-se desde um violão Até uma carranca para se colocar uma vela acesa dentro Para assustar os incautos nos dias de finados Com latas vazias fazia-se modelos de carros das “ultimas gerações” E com sandálias velhas fazíamos os pneumáticos Enfim, eram tantos os brinquedos cheios de espíritos Que ninguém tinha tempo para as drogas! Eram tantos os brinquedos alternativos cheios de vida Com nomes ignorados e gozados para os dias de hoje Ah, minha infância, bela e calma! A alma guarda todos os meus tesouros Que posso me lembrar com nitidez As crianças de hoje, pobres crianças ricas Elas não sabem conversar com os mamulengos Nem talvez saibam imitar o ronco de um motor de carro Possivelmente não sabem imitar o canto dos passarinhos Os _eletronic games_, brinquedos sem graça e sem espírito Estorvam-lhes a sociabilidade e os envolvem na frieza tecnológica Na minha infância era tão diferente de hoje Ah, minha infância, bela e calma A alma guarda todos os meus tesouros Que posso me lembrar com nitidez!
7.2.5 As Duas Chamninês
Certa vez nas peregrinações alternativas e itinerantes eu vi Nos céus de Apodi duas enormes chaminés das cerâmicas Elas evolavam para o espaço infinito o pardo e cinzento fumo Muitos transeuntes passam por ali e não percebem a beleza Das duas chaminés em plena atividade nos céus de Apodi Era como se fosse dois grandes corrimboques acesos diante De um aventureiro numa manhã de domingo quente e silente Talvez elas fossem mais parecidas com incesários gigantes Aquelas duas construções tomaram grande parte do meu tempo Mas qual o significado daquelas criaturas em meu caminho? Elas queriam aprender comigo ou eu queria aprender com elas? Nessas horas entra em manifesta ação a Voz Sábia do Silêncio: “Veja Peregrino, elas estão dizendo que apesar da liberação Do gás carbônico que polui o ambiente e a atmosfera do lugar Elas podem ser-lhe útil para ensinar-lhe a duplicidade das coisas” Disse Aquela Voz Silente que eu já conheço há bastante tempo – Mas de que forma eu posso aprender com duas chaminés acesas? Prescrutei o silêncio e me certifiquei se estava mesmo sozinho Continuou a Voz : “Perceba que as chaminés, apesar de tudo Tanto pode proporcionar-lhe a catarse como conduzir-lhe a oração Através da fumaça que se elevará a presença do Grande Espírito Não era assim, através da fumaça, que oravam os teus ancestrais?” Concordei com a Voz do Silêncio e fiz reverentemente a oração E a catarse de todas as minhas dores, medos, tristezas e angústias A fumaça arisca rodopiava vigorosa criando inimagináveis formas Elas sabiam que eu estava em simbiose com a sua manifestação Em conversação não verbal disse-lhes que eu também era barro Disse que mesma Energia que me percorria também as percorriam Da mesma forma que os pirilampos alumiam onde o sol não chega Assim criaturas inanimadas são mais companheiras do que seres Humanos, pusilânimes seres, por vezes perversos e medíocres Pobres seres, mesmo pensantes desprezam o dom da servilitude Agradeci aqueles dois monumentos à beira da estrada de Apodi Dessa forma foi o meu belo encontro com aquelas duas chaminés
7.2.6 Natal De 201410
Olá, amigos e alunos, poetas e visionários, hoje é um dia bom para se desejar um BOM DIA de verdade para outrem. Não me refiro ao dia 25, mas a esse dia na qual você acordou com consciência e sabe intuitivamente que você só tem exatamente esse instante como “SEU”, os mestres dizem para fazermos do nosso AGORA o eterno momento se quisermos ser felizes. Sua felicidade começa AGORA, queira ser feliz AGORA, pois não temos outro momento, só por HOJE, perdoe os teus credores, só por HOJE apague os seus ranços de “ontem” e sinta, perceba, aceite que você é cheio da GRAÇA do Grande Espírito, porque Dele todos somos partes, esse desprazer de se sentir desmerecido é coisa da perversão sectária de um “PASSADO” cruel e desumano. Risque o céu e o inferno do mapa consciencial e aí o que sobrar é só VOCÊ e os seus sonhos de realidade. Somos todos frutos de escolhas BOAS e RUINS de algum momento no pretérito, mas isso não nos impede de vivermos um caminhar de beleza e graça, assim vivem todos os poetas e místicos. Na verdade se despertássemos para os valores do que verdadeiramente somos não existia conflitos no planeta nem em nós mesmos, mas esquecemos desastrosamente dessas heranças, negamos nossas raízes e traímos nossas promessas, perdemos nossas identidades. O que restou dessa babel é um caldo grosso de ganância, desesperança, medo, ódio, incertezas, dúvidas, doenças, lágrimas, sangue e morte prematura. Vivemos atualmente de aparências e mesquinhez, todos os humanos aprenderam de forma cômoda e hilária a explorar o seu lado sombrio, foi perdido a importância do ELO DA CADEIA que nos une. A grande jogada do momento é: “primeiro EU o resto que se ferre”, e aí é que o “INIMIGO” sabe que quanto mais estivermos divididos mais fracos seremos em nossa jornada evolutiva. A Lei é clara, se você subtrai de mim o indevido hoje, o amanhã virá como “você sendo a bola da vez”, então o buraco que você caiu pode muito bem ser maior do que o nosso e se estivermos longe do seu poço poderemos não ouvi-lo. Voltando ao nosso raciocínio da questão do momento, precisamos nesse próximo ano de 2015, OUVIR mais do que FALAR. Precisamos aprender a não julgar a ninguém e muito menos a NÓS mesmos. Devemo-nos lembrar que tudo é fugaz. O rio não corre duas vezes pelo mesmo lugar, ninguém é o que aparenta ser, esse planeta não é nosso, enquanto você vive apenas umas dezenas de anos uma sequoia vive mais de 4 mil anos, nós não somos a obra prima de Deus somente e Ele está pouco Se importando o que certos pastores, padres e rabinos interpretam dos seus evangelhos. Se Ele está naquela confusão de páginas escritas pela mão do humano, está também dentro de nós. Preferimos encontrá-Lo dentro de nós mesmos, porque racionalmente é mais cômodo e não precisamos dar ofertas ou pagarmos dízimos. Hoje parece um dia diferente dos outros, mas são apenas aparências, até mesmo as temperaturas, os humanos costumam atribuir-lhe sensações como é o caso das sensações térmicas. Então esse dia meio que triste é o resultado das insatisfações dos bípedes “humanos querendo justificar seus insucessos mediante seus pedidos ao papai Noel”. Deus não dá asas a cobra, não por ser impossível, mas porque é contra a Lei: cobras não voam. Vemos esse dia como um dia de oportunidades para a entrada do novo ciclo de 2015, portanto lembremos dos “quatro compromissos” do Dom Miguel Ruiz: 1º Seja impecável com a sua palavra; 2º Não leve nada para o lado pessoal; 3º Não tire conclusões precipitadas das pessoas; 4º Dê sempre o melhor de si, se assim procedermos seremos boas propostas para os nossos irmãos carentes e faremos obras até melhores do que Cristo, como Ele mesmo assim disse. Feliz Natal para todos vocês, foi bom estarmos aqui nesse ano com vocês.
7.2.7 A Última Canção De 2014
Hoje eu me acordei, como sempre de ressaca, e uma saudade extrema do ano que passou, algumas dores, apreensões alhures, medos de tantas ilusões, decepções inevitáveis, revelações ruins, tantas incertezas. Mas houve muitos risos, muitas piadas gostosas de se ouvir, muitas foram as coisas agradáveis que aconteceram. Assim, surgiu a ideia para compor uma canção ingênua que servisse para todos nós, então eu falei pra mim mesmo: cante Léo para todos nós, e eu comecei cantando da forma como sempre faço, humilde e apreensivo, colocando meu ouvido no seu ouvido, sobrepondo meu coração no seu coração, pedindo sempre desculpas pelos jeitos incertos de caminhar. Eu sou você, você sou eu, se eu lhe odiar a resposta é simples: me odiarei também. Por que esquecemos o mandamento universal da irmandade suprema? Por que nos esquecemos das dívidas coletivas? Por que esquecemos os nossos compromissos de escol? Por que esquecemos as palavras dos Mestres? Na verdade, nos perdemos e nos afastamos da nossa Fonte quando agregamos aos nossos valores a GANÂNCIA cuja desgraça assolou a nossa índole e sistema. Perdemos tudo, nos tornamos as piores de todas as bestas. Hoje, nós matamos nossos semelhantes por muito pouco. Compaixão e perdão não faz mais parte do evangelho que tantos pregam com veemência, _magote_ de mentirosos somos nós, nossa religião nos remete aos infernos sem piedade, seus pastores são medíocres e capitalistas. Nossa educação anda junto com o estado, educar junto ao estado é preparar jovens para a competição e mediocridade. Quem melhor sabe mais disso do que os professores de hoje? A saúde, que saúde? A segurança, que segurança? Quem está seguro? Um detento recebe igual a um trabalhador formal, tem privilégios e regalias na cidadania mais do qualquer um outro, o próprio governo tenta justificar os erros que ele próprio cometeu junto a comunidade que o elegeu, ainda tem uns babacas crentes que nós estamos na 6ª posição do rank mundial econômico, conversa para otários! Quem somos nós? Por que estamos atolados nessa merda toda, o nosso próprio livro sagrado diz que somos a imagem do criador, então por que queremos veementemente destruir tudo, inclusive a nós mesmos? Qual é o motivo desse suicídio comunitário? Quem está seguro nesse sistema de perversos? O que dizer ainda desses pilantras que andam oferecendo de porta em porta o perdão do Cristo em troca de uma oferta medíocre? Outros chegam sorrateiros pedindo em nome da amizade um ingresso num partido obscuro que ninguém jamais ouviu falar. Por que temos que dizer SIM a esse tipo de coisas? Não precisamos ter medo do “inferno” porque já estamos nele, já faz muito tempo! O céu de alguns cristãos é igual a democracia da terra, só entra lá quem “tem” privilégios: pilantras, perversos, maquiavélicos, “democratas”, parentes dos clérigos. Quem é que tem mais medo dessas babaquices? Vejam o que eles fizeram em nossas comunidades. O capitalismo selvagem também já chegou nessas instituições e quando isso acontece elas se tornam a pior de todas as hipocrisias. O pequeno delinquente está pouco se importando se mata um padre ou um pai de família, os valores estão inversos e é isso o que vale hoje, ousadia e perversão. Qual é a saída para isso tudo? “Não estais longe do reino de Deus”, Marcos 12:34, diz a Bíblia. Por que esses caras que pregam “a verdade” não falam disso? Em Lucas 17:20-25, diz que o reino de Deus está dentro de nós mesmos. Então, por que eu tenho que ter uma religião definida? Não me ofereça a tua religiosidade se eu ainda não desisti da minha! Sejamos felizes dentro de nós mesmos, tem tanta coisa bonita lá dentro. É lá que acontece o que muitos chamam de milagre, não precisam de muita coisa, é só fechar os olhos e prestar atenção nos pensamentos e a COISA ACONTECE. Sabe por que digo isso? Eu pratico isso, mas não confie em mim. Faça você mesmo e tire suas próprias conclusões, assim você verá o manancial que existe em cada um de nós. Em Mateus 6 está escrito: “E, quando orardes, não sejais como os hipócritas, pois que apreciam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem admirados pelos outros. Com toda a certeza vos afirmo que eles já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente...”. Assim, me despeço por este ano de todos os amigos que me são caros. Não temam nada que não seja permitido por Deus. Ademais, somos todos escolhas de um passado para fazer melhor neste tempo isso porque não fomos bons alunos no pretérito. Feliz ano novo!
7.2.8 Mensagem Para O Fim Do Ciclo De 2015
Eu não consigo diferenciar um dia dos demais outros como assim os reverenciamos. Todos os dias são sagrados, pois eles são provenientes desse instante. Na verdade só existe o AGORA e essa é a mensagem que os Mestres passam aos humanos a vida inteira. Mas, eu tenho algumas palavras para dizer com relação ao ciclo desse final de ano e desejar aos amigos a minha mesma intenção de ensejo que faço todos os outros dias. Eu estaria muito enfermo se vivesse num passado sombrio ou me preocupasse com um futuro estéril. Estamos vivendo muito distantes da nossa verdadeira realidade (estou mudando a pessoa do discurso para me incluir na massa), estamos nos desviando estupidamente para muito longe dos nossos compromissos, conforme prometemos e juramos para os nossos mentores em alguma ocasião que faríamos tudo de outra maneira para recuperar as nossas heranças antepassadas. Fomos envolvidos numa cretinice tão hedionda que já não sabemos mais o significado real do AMOR universal nem o gosto pelas coisas salutares. Misturamos AMOR com prazer de tal forma tão irresponsável que para reverenciar nossos hábitos consumistas, dizemos muitas vezes que amamos isso, amamos aquilo, e no fim entendemos que o mesmo o verbo que se usa para definir um gosto particular pelo sorvete de morango, torna-se o mesmo verbo que empregamos quando queremos dizer que amamos a DIVINDADE ou a um irmão sanguíneo. Enfim, perdemos a doçura para expressar o nosso sentimento mais profundo para com os nossos irmãos de jornada. Todos os evangelhos da terra foram escritos unicamente para culminar-se no AMOR universal e fora deste propósito estamos todos ferrados e mal pagos, se é que ainda merecemos alguma consideração. O Grande Espírito não barganha com religiosos, mentirosos nem com pervertidos, psicopatas e megalomaníacos. Quando o livre arbítrio foi dado ao _Homo sapiens_, todos nós entramos numa roubada porque foi aí que surgiu a GANÂNCIA e também foi assim que o nosso armagedon teve início pelos conflitos que se instalaram no coração do homem. Tornamo-nos territorialistas e achamos que somos donos de alguma coisa, isso gerou periculosidade. Assim surgiram as guerras e as contendas, quase todos os seres humanos andam hoje com o freio de mão puxado. A tolerância e a compaixão é hoje uma dádiva do AMOR que bem poucos cultuam. O estresse e outras doenças psicossomáticas assolam a ambiência urbana, porque as criaturas deste planeta já não sabem mais porque estão aqui e o que vieram fazer nesta terra que não é nossa em nenhuma das hipóteses envangelhescas. Já sabemos hoje que precisamos de mais outros três planetas para colocar o lixo de um, isso significa dizer que nós ficamos relaxados também. Nossa irresponsabilidade eleva a cada ano a temperatura da nossa orbe, em pouco tempo teremos um caos sem precedentes. O gelo das calotas esvai-se a cada dia, a foca das terras frias já não tem mais um lar para se reproduzir e o urso polar vai morrer de inanição por falta de alimentos. Além disso, os oceanos já indicam sinais de poluição nas regiões abissais mais profundas. Isso implica na morte dos corais e vem nos afetar sensivelmente em nossa respiração e na respiração de todos os seres vivos. Então, não se tem muito o que se comemorar nesse fim de ano. A política partidária continua dando o seu golpe de misericórdia na nuca dos estúpidos que nem de longe imaginam que o poder para elegê-los vem deles, mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: “De que forma podemos melhorar essa situação?”. Agora sim, começa e termina nossa mensagem. Passamos muito tempo fora de nós mesmos e consequentemente, “longe” de “Deus”, aqui fora tudo o que existe é um falso conceito de muitas opiniões coletivas que não nos leva a lugar nenhum porque são falsos conceitos. Cristo falava isso, “volta para o interior onde habita o Pai”, mesmo que alguém não tenha religião definida, mas a Tábua de Esmeralda já dizia que “o que está em cima é como o que está em baixo”. Nosso Interior contém tudo dentro daquilo que existe em outros universos, sobretudo, é dentro de nós que habita o AMOR INCONDICIONAL. Em nenhum outro lugar podemos encontrá-lo, por isso não podemos dar o que não temos, pelo menos não sabemos onde encontrá-Lo. Na verdade se Deus é AMOR, certamente o AMOR é Deus. O nosso desejo é que cada um de nossos amigos revejam seus conceitos internos nesse ano de 2016, vivam mais “do lado de dentro do que do lado de fora”. É lá, somente lá, que podemos encontrar a abundância de nossas qualidades, somente aqueles que encontraram seu LAR INTERIOR podem falar de Abundância, Paz, Justiça e Fraternidade. Feliz Ano Novo para todos, porém, vos afirmo, jamais encontrarão isso lá fora ! Que as bênçãos abundantes recaiam sobre todos nós. Que assim seja!
7.2.9 Mensagem Para O Fim Do Ciclo De 2016
Todo dia oro para meus irmãos mais fracos, o natal é uma festa pagã, as pessoas são analfabetas no ocidente, e de analfabetismo eu entendo. Jesus não nasceu em dezembro, muita gente ai fica “atirando” para todo lado o ano inteiro. Quando chega o final do ano distribui cartão de boas festas, vão para suas igrejas desejar aos seus apenados um perdão que ela mesma não suporta. O lance é o seguinte: melhore-se todo dia, pegue a sua arrogância e meta a mesma no lugar de onde ela saiu, porque na realidade você só tem o que merece. Feliz ano novo para quem tem coragem de receber!
7.2.10 Mensagem Para O Fim Do Ciclo De 201811
Queridos amigos, sobretudo aqueles que de alguma forma tem algo em comum com a nossa jornada existencial, estamos adentrando mais um novo ciclo anual e vejo o quanto somos imediatistas ao achar que essa época é o máximo de EMOTIVIDADE e que uma série de atitudes ritualísticas se encenam na comunidade, e para sermos sinceros essas festividades são apenas algumas de tantas outras que marcam a cultura do povo ocidental, mais especificamente. Que todos recebam de nossa parte sincera, o desejo de que todos tenham SAÚDE para continuar a jornada do ciclo de 2019. Isso é apenas uma conjectura da parte ética espiritual e social dos humanos, pois na verdade ninguém pode fazer o NOSSO PERCURSO por nós. Não existe cara metade para ninguém, ninguém pode resolver nossas equações, alguém pode até opinar ou incentivar sobre a nossa forma de caminhar. Porém, a NOSSA ESTRADA é única e privativa de um só caminheiro. Aprendemos com os irmãos de AA uma lição muito simples, mas muito sábia, “VIVEMOS UM DIA DE CADA VEZ”, contudo, felizes são aqueles que vivem intensamente no seu AGORA. Os sábios vivem dessa maneira diuturnamente sua felicidade particular, tudo é PARTICULAR, PORQUE O MUNDO É AQUILO QUE PENSAMOS QUE SEJA. Muita gente procura a FELICIDADE no futuro ou lembram as vezes de fragmentos de FELICIDADE no passado estéril. Contudo, a FELICIDADE jamais saiu do AGORA, é aqui que ela mora e mais especificamente no INTERIOR de cada um de nós. A REALIDADE DA ABUNDÂNCIA que tantos falamos ESTÁ À DISPOSIÇÃO DAQUELES QUE TEM A CORAGEM SUFICIENTE de ser merecedor e por conta própria ser o senhor dos seus destinos. Portanto, todo dia é dia de ALEGRIA e FARTURA, sendo mais sucintos, todos os instantes são gloriosos para quem faz dos seus momentos uma eternidade. Quando descobrimos que podemos nos embriagar das primícias que existem em nossos mananciais divinos, então não precisamos mais de drogas que os humanos inventam, tudo é POSSÍVEL quando se entende que você não faz parte do universo, mas é o PRÓPRIO UNIVERSO que faz parte de você, nós somos a ETERNIDADE, nós estamos na Divindade e Ela está em nós. Nós temos Luz Própria porque somos também ENERGIA. Antes de concluirmos recebam o nosso carinho na certeza de que continuaremos caminhando juntos até o momento em que seja do agrado de vocês, e mais uma vez exultamos em compreender que a maioria de NÓS está ADORMECIDA para a realidade de nossas verdadeiras missões, portanto, pensem nisso, tentemos ACORDAR, seu momento começa AGORA. Feliz Ano Novo!